Comissão da Câmara aprova projeto que estabelece medidas protetivas de urgência por prazo indeterminado na Lei Maria da Penha.

Na última quarta-feira (19/10), a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que determina que as medidas protetivas de urgência, concedidas em casos de violência doméstica ou familiar, tenham prazo indeterminado de vigência. Essa proposta altera a conhecida Lei Maria da Penha.

Além disso, o projeto também prevê que a concessão dessas medidas não dependa mais de boletim de ocorrência prévio. No entanto, essa regra já está em vigor desde o mês de abril deste ano, quando foi sancionada a Lei 14.550/23.

De autoria da deputada Tabata Amaral (PSB-SP) e outros parlamentares, o Projeto de Lei 1890/22 será encaminhado para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Caso seja aprovado nesta comissão, poderá seguir diretamente para o Senado, pois tramita em caráter conclusivo.

A relatora do projeto, deputada Silvye Alves (União-GO), recomendou a aprovação do texto, com algumas alterações. A proposta original previa que as medidas protetivas concedidas com prazo determinado não poderiam ser revogadas. No entanto, o substitutivo apresentado pela relatora estabelece que essas medidas terão prazo indeterminado de vigência.

Silvye Alves defendeu a alteração, argumentando que somente dessa forma a vida e a integridade física da mulher e de sua família estarão protegidas. Vale lembrar que as medidas protetivas de urgência são a parte mais relevante da Lei Maria da Penha e têm como objetivo garantir a segurança e a integridade das mulheres e de seus familiares.

Essas medidas podem incluir restrições, como a suspensão da posse ou do porte de armas pelo agressor, o afastamento do local de convivência com a vítima, a proibição de aproximação ou contato com ela e seus familiares, e até mesmo a suspensão de visitas aos dependentes menores, entre outras.

Agora, o projeto aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) para seguir seu trâmite legislativo. Caso seja aprovado nessa comissão, será encaminhado diretamente para o Senado, sem a necessidade de passar pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

É importante destacar que a mudança proposta tem como objetivo fortalecer as medidas protetivas de urgência e garantir a segurança das vítimas de violência doméstica e familiar, além de reforçar a importância da Lei Maria da Penha como instrumento de combate a esse tipo de violência.

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