Enquanto governistas defendiam a trajetória e as credenciais de Flávio Dino para o cargo, a oposição pediu ao Senado que rejeitasse a indicação, levantando questionamentos sobre a possível interferência política nessa escolha. O deputado Luiz Lima (PL-RJ) argumentou que o cargo de ministro do STF deveria ter mandato definido para evitar interferências políticas, reacendendo o debate sobre a independência e imparcialidade do Supremo.
Por outro lado, defensores da indicação destacaram a experiência e a competência de Flávio Dino, ressaltando que o ministro foi aprovado em primeiro lugar no concurso da magistratura. O deputado Welter (PT-PR) afirmou que não existe melhor quadro do que Flávio Dino para ocupar a vaga no STF, enquanto o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) celebrou a indicação, ressaltando que Dino tem todos os requisitos necessários para ser um guardião da democracia como Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Entretanto, outros parlamentares expressaram preocupações sobre a independência de Flávio Dino no Tribunal, levantando questões sobre como ele votaria e se manteria alinhado com os princípios da Constituição Federal. Deputados como Maurício Marcon (Pode-RS) e Rodolfo Nogueira ressaltaram a possível continuidade do “ativismo judicial” na corte.
As divergentes opiniões dos parlamentares refletem a polarização e o embate político em torno da indicação de Flávio Dino para o STF. Agora, cabe ao Senado Federal confirmar ou rejeitar a escolha do presidente Lula, em um processo que promete seguir gerando intensos debates e argumentações quanto à independência, imparcialidade e competência técnica do indicado.