Durante a audiência, o parlamentar demonstrou preocupação com um possível rompimento da barragem de uma mina que está desativada desde 1995, mas ainda é de responsabilidade da empresa pública Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Ulisses Guimarães ressaltou a importância da integração de diferentes órgãos governamentais para a execução de um plano efetivo de desmonte das barragens.
O superintendente de Novos Negócios e Minerais Estratégicos Associados ao Urânio da INB, David Moreira, explicou que o principal obstáculo para o descomissionamento das barragens em Caldas é o alto custo envolvido, estimado em US$ 500 milhões. Ele enfatizou a necessidade de ação do governo federal para garantir que esses recursos sejam disponibilizados.
Em caso de rompimento das barragens, o impacto radiológico seria significativo e exigiria a tomada de ações restritivas na região. No entanto, o assessor da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Ricardo Gutterres, afirmou que o impacto estaria dentro dos limites estabelecidos e a zona afetada não possui residências.
Durante a audiência, foi destacado que medidas de segurança estão sendo adotadas nas barragens para garantir a prevenção de possíveis incidentes. A Agência Nacional de Mineração (ANM) informou que o nível de emergência do local é classificado como 1, o mais baixo em termos de risco de rompimento.
Vistorias realizadas em abril pela ANM constataram que o estado geral de conservação das estruturas é bom, mas ainda foram solicitadas medidas para aumentar a segurança. As obras para a melhoria da segurança das barragens estão em andamento ou já foram concluídas, conforme relatado pela INB.
Diante da gravidade da situação, é crucial que o governo e os órgãos competentes ajam de forma eficaz para garantir a segurança da população e do meio ambiente em Caldas. A sociedade espera que as providências necessárias sejam tomadas para evitar possíveis desastres e prejuízos irreparáveis.