Em entrevista, Padovani enfatizou que a intenção do grupo não é realizar uma “caça às bruxas”, mas sim analisar de forma equilibrada e técnica as possíveis falhas que levaram ao desastre aéreo. Ele ressaltou que é importante investigar se houve falta de manutenção, excesso de trabalho dos funcionários, falhas na torre de controle, entre outros possíveis fatores que possam ter contribuído para o acidente.
A comissão externa foi criada a pedido do deputado Bruno Ganem, que será o coordenador dos trabalhos. Ganem, que é de Indaiatuba, próximo ao local onde a aeronave caiu, solicitou a formação do grupo para acompanhar de perto as investigações e garantir transparência no processo.
Segundo Padovani, a maioria das vítimas do acidente eram do Paraná, com 22 pessoas sendo de Cascavel, sua cidade natal. O deputado destacou que há uma complexidade na investigação de acidentes aéreos, já que geralmente envolvem múltiplos fatores. Entre as hipóteses levantadas até o momento para o acidente da Voepass estão as condições climáticas adversas na altitude em que o avião voava, bem como possíveis falhas na atuação do piloto.
Outro integrante da comissão, o deputado Jefferson Campos, também ressaltou a importância de identificar os fatores que contribuíram para o acidente e emitir recomendações para prevenir futuros desastres. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já iniciou a análise dos gravadores de voo e pretende divulgar um relatório preliminar em 30 dias.
A investigação promovida pela comissão externa é essencial para garantir a segurança no transporte aéreo, minimizar riscos e evitar novas tragédias como a que ocorreu com o avião da Voepass. Portanto, é fundamental que o trabalho do grupo seja conduzido de forma transparente, rigorosa e com foco na prevenção de acidentes no futuro.