A China provoca o descontentamento da Índia, Malásia e Filipinas com novo mapa que “expande” seu território.

A nova versão do mapa nacional da China está gerando tensões em diversos países vizinhos. Recentemente, as Filipinas se uniram à Malásia e à Índia em oposição ao traçado divulgado por Pequim. De acordo com o departamento de Relações Exteriores das Filipinas, o mapa não tem base no direito internacional e busca legitimar a suposta soberania chinesa sobre áreas contestadas no Mar do Sul da China, que foram concedidas a Manila por uma decisão de um tribunal internacional em 2016.

Esta não é a primeira vez que a China publica uma nova versão do seu mapa nacional com o objetivo de corrigir fronteiras territoriais que considera problemáticas. Desta vez, no entanto, a Índia foi o primeiro país a protestar, rejeitando as alegações chinesas sobre a inclusão de Arunachal Pradesh e do planalto Aksai-Chin em seu território. A Malásia também rejeitou as reivindicações unilaterais da China, afirmando que mantém sua posição de rejeitar qualquer afirmação de soberania estrangeira sobre suas características marítimas.

Em resposta às acusações, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que as revisões são um exercício rotineiro de soberania legal e pediu que as partes relevantes sejam objetivas e calmas, evitando interpretações excessivas da questão.

A disputa sobre o mapa ocorre pouco tempo após uma reunião cara a cara entre o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e o presidente chinês Xi Jinping. Durante a cúpula do Brics, os líderes concordaram em intensificar os esforços para diminuir as tensões em suas fronteiras contestadas, em um movimento visto como um passo em direção à resolução dos problemas existentes entre os dois países.

É importante destacar que as tensões territoriais na região têm sido motivo de preocupação internacional há anos. Vários países disputam áreas no Mar do Sul da China, o que tem gerado uma série de conflitos e atritos diplomáticos. A divulgação do novo mapa nacional pela China apenas aumenta as tensões e pode dificultar ainda mais a busca por uma solução pacífica entre os países envolvidos.

Por enquanto, os protestos dos países vizinhos da China têm ganhado destaque na mídia internacional, mas resta saber quais serão as próximas ações tomadas pelos envolvidos na disputa territorial e se haverá uma tentativa de buscar uma solução diplomática para a questão.

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