Durante o encontro, Moro destacou a importância de ouvir as vozes daqueles que foram politicamente perseguidos ou de seus representantes. O senador teve a oportunidade de conhecer políticos como Jeanine Áñez, ex-presidente interina da Bolívia; Fernando Camacho, filho do governador da província de Santa Cruz, também na Bolívia; e Rosa Maria Payá, filha de Oswaldo Payá, um dos mais famosos dissidentes da ditadura de Cuba. Moro ressaltou que o exemplo dessas pessoas é inspirador e expressou o desejo de trazê-las para falar perante o Senado brasileiro, para que seja possível jogar luz sobre as atrocidades cometidas por tiranos e ditadores.
O ex-ministro da Justiça também criticou a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de abrir uma investigação sobre sua conduta durante a Operação Lava Jato. Moro afirmou que o corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, não possui atribuição para tratar do assunto. Ele ressaltou a importância do seu trabalho na Lava Jato, que resultou na devolução de mais de R$ 2 bilhões à Petrobras. Moro ressaltou que a Petrobras recebeu valores ainda maiores, ultrapassando R$ 6 bilhões, por meio de ações na 13ª Vara, além de acordos de colaboração e leniência. O parlamentar destacou a ironia de um juiz ser investigado por cumprir sua missão e devolver o dinheiro retirado dos criminosos à vítima.
Diante desses acontecimentos, Moro reiterou seu repúdio aos tiranos e ditadores, ressaltando que o Brasil não está alinhado com esses regimes autoritários. O senador afirmou que existe um Senado independente e que a maioria da população brasileira não tolera esse tipo de comportamento. A participação de Moro nessa reunião de ex-presidentes latino-americanos de direita e centro-direita reforça sua influência política e sua disposição em lutar pela liberdade e pela democracia na região.