Segundo a polícia, David foi preso no dia seguinte, suspeito de ter espancado as duas crianças, Luísa e sua sobrinha Ana Beatriz, de 4 anos, e também de ter agredido a ex-cunhada Natasha Albuquerque, de 30 anos, que está internada em estado grave. Nayla revelou em seu depoimento que David insistiu para ver a filha na sexta-feira e eles combinaram que Luísa iria à casa dele acompanhada da tia Natasha e da prima Ana Beatriz. No local, o homem teria agredido as três com golpes de marreta e, em seguida, ateado fogo na residência.
Horas depois do crime, David ligou para Nayla e disse que ela tinha causado uma desgraça na família e que a filha havia implorado por sua vida. Essas palavras fazem referência às denúncias que Nayla fez à polícia sobre as agressões que sofria de David durante o relacionamento. Ela contou que o homem a agredia fisicamente e que Luísa também presenciava e sofria agressões por parte dele.
Nayla descobriu sobre o incêndio por meio de informações da facção criminosa que domina a comunidade onde mora. Preocupada com a demora de sua irmã e das crianças em chegarem à sua casa, ela pediu ajuda aos traficantes locais, que foram até a casa de David. Testemunhas relataram que duas crianças e uma mulher tinham sido levadas para hospitais em estado grave. Infelizmente, Luísa chegou sem vida ao Hospital Municipal Albert Schweitzer.
Esse crime bárbaro chocou a comunidade e levantou discussões sobre as medidas de proteção à mulher e às crianças vítimas de violência doméstica. Nayla já tinha denunciado David por agressões e possuía uma medida protetiva contra ele. No entanto, isso não foi suficiente para evitar essa tragédia.
O caso está sendo investigado pelas autoridades competentes e espera-se que a justiça seja feita. É importante ressaltar a necessidade de maior conscientização e apoio às vítimas de violência doméstica, para que casos como esse não se repitam. A sociedade deve se unir no combate a esse tipo de crime, garantindo a segurança e a proteção de mulheres e crianças.