Mãe e filha negras acusadas de roubar celular de médico na UPA de Ipojuca

No último final de semana, uma situação de acusação de roubo gerou polêmica na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Duas mulheres negras, de 42 e 18 anos, mãe e filha, foram acusadas de terem roubado o celular de um médico após serem atendidas por ele.

De acordo com a Polícia Civil, as duas mulheres foram as últimas a saírem da sala após o atendimento médico, quando o profissional percebeu que seu celular havia sumido. Ele então questionou as duas sobre o paradeiro do aparelho. A Secretaria de Saúde de Ipojuca informou que o médico registrou a falta do celular e perguntou a outras pessoas no local se haviam visto o aparelho, porém, ele afirmou que não acusou ninguém.

Diante da queixa e do registro do Boletim de Ocorrência, a secretaria está avaliando se abrirá uma apuração junto à Ouvidoria. A Polícia Civil já iniciou investigações sobre o caso e registrou a ocorrência como “outras ocorrências de ilícitos penais”, através da Delegacia de Porto de Galinhas.

É importante ressaltar que a acusação de roubo só foi direcionada às duas mulheres negras, sem evidências concretas. A situação levanta questionamentos sobre possíveis discriminações raciais e preconceitos existentes no contexto da UPA de Ipojuca.

Nossa equipe procurou a Secretaria de Saúde de Ipojuca para obter mais informações sobre o caso, porém, até o momento, não recebemos resposta. Além disso, tentamos entrar em contato com o médico envolvido, mas também não obtivemos sucesso.

É fundamental que casos como esse sejam investigados de forma imparcial e sem preconceitos, assegurando a igualdade de tratamento para todas as pessoas envolvidas. A acusação de um crime deve ser baseada em evidências concretas, e não em estereótipos raciais. A sociedade espera que a polícia e as autoridades competentes conduzam as investigações de maneira justa e transparente, para que a verdade seja revelada e a justiça seja feita.

Assim que tivermos mais informações ou qualquer atualização sobre o caso, traremos em nossas próximas reportagens. É necessário que casos como esse sejam levados à luz para que possamos debater e combater possíveis discriminações raciais e preconceitos em nosso país.

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