Os deputados da oposição argumentaram pela necessidade de uma condenação mais veemente ao Hamas, enfatizando a importância de não “passar a mão no terrorista”. A deputada Clarissa Tércio chegou a questionar a falta de apoio militar do Brasil a Israel, mencionando a ajuda enviada pelos Estados Unidos. Já o deputado Helder Salomão, da base governista, defendeu a busca pela paz e o diálogo como a única solução para os conflitos. Ele sugeriu que os Estados Unidos enviassem uma missão de paz em vez de armas para a região.
Além das discordâncias em relação ao conflito em si, a discussão no Plenário também abordou a divisão política no Brasil. O deputado Luiz Lima criticou a posição da esquerda em relação ao Hamas e à Palestina, questionando por que deputados de esquerda visitam a Palestina, um lugar que não respeita a liberdade religiosa, os direitos dos homossexuais e a democracia. Em contrapartida, o deputado Rogério Correia atribuiu parte da responsabilidade pelo conflito aos atos da “ultradireita” de Israel, alegando que o povo palestino sempre foi oprimido por esse tipo de governo.
A deputada Jandira Feghali condenou os ataques a civis e defendeu uma análise histórica do conflito. Ela ressaltou que o Hamas não representa todos os palestinos e que a guerra na região tem como pano de fundo a falta de reconhecimento do Estado palestino por parte de Israel. Feghali destacou a solidariedade tanto ao povo judeu quanto à população da Palestina, enfatizando que nenhum ataque a civis é justificável.
A guerra teve início no último sábado, com os ataques do Hamas a Israel a partir da faixa de Gaza, território palestino localizado ao sul do país, na fronteira com o Egito. O conflito se intensificou desde então, resultando em quase duas mil mortes.
O debate no Plenário da Câmara reflete as tensões e divergências de opiniões em relação à postura do Brasil diante do conflito entre Israel e o Hamas. Enquanto a oposição critica a falta de uma condenação mais incisiva ao grupo terrorista, a base governista defende a busca pela paz e o diálogo como forma de solucionar os conflitos.