Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher aprova projeto que prevê afastamento de agressor do lar em casos de violência contra a mulher

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou nesta sexta-feira (20) o Projeto de Lei 3257/19, que visa o afastamento do agressor do lar em casos de violência sexual, moral ou patrimonial contra a mulher. A proposta, que já havia sido aprovada pelo Senado, agora segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

A relatora do projeto, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), defendeu a sua aprovação afirmando que qualquer uma dessas formas de violência pode gerar a necessidade de afastamento imediato do agressor do lar, domicílio ou local de convivência. O objetivo é garantir a proteção à vida e à integridade física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial da mulher em situação de violência doméstica e familiar, bem como de seus dependentes.

A proposta altera a Lei Maria da Penha, que atualmente já prevê o afastamento do agressor do lar nos casos em que é verificado risco à vida ou à integridade física ou psicológica da mulher ou de seus dependentes. A intenção é incluir a violência moral ou patrimonial entre as circunstâncias que permitem a aplicação de medidas protetivas de urgência.

A senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), autora da proposta, ressaltou que a violência moral e patrimonial causa graves prejuízos não apenas à mulher, mas também aos seus filhos. Portanto, a inclusão dessas formas de violência na legislação é considerada necessária para uma proteção mais ampla.

O projeto de lei segue em tramitação e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser submetido ao Plenário da Câmara dos Deputados. Vale destacar que, caso a proposta receba parecer divergente das comissões ou se houver recurso assinado por 52 deputados, sua deliberação no Plenário será necessária.

Em um cenário em que a violência contra a mulher ainda é uma realidade alarmante, a aprovação desse projeto de lei representa mais uma medida importante para coibir e combater esse tipo de violação de direitos. É fundamental que o poder público aja de forma efetiva para proteger as mulheres e garantir o seu direito de viver em segurança em seus lares.

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