Petroleiros iniciam paralisações em unidades da Petrobras em busca de atendimento às reivindicações trabalhistas e questões estruturais.

Os petroleiros deram início a uma série de atos e possíveis paralisações em unidades da Petrobras para pressionar a estatal a atender suas reivindicações do Acordo Coletivo de Trabalho e resolver questões estruturais. Esses atos e manifestações começaram à meia-noite desta sexta-feira (27) e estão acontecendo em refinarias e usinas termelétricas em todo o país.

A mobilização dos petroleiros continuará nos próximos dias, com atos nas subsidiárias Transpetro, Petrobras Bio Combustíveis e TBG na segunda-feira (30), nas unidades administrativas na terça-feira (31) e nas áreas de produção e exploração nas plataformas na quarta-feira, dia 1º de novembro.

Essa mobilização foi decidida em assembleias dos sindicatos dos petroleiros, que rejeitaram, pela segunda vez e por unanimidade, a contraproposta de Acordo Coletivo de Trabalho apresentada pela Petrobras. Entre as reivindicações que a empresa se recusa a negociar estão questões como plano de saúde, reposição de 3,8% das perdas salariais passadas, 3% de ganho real e equiparação das tabelas salariais das subsidiárias.

Antony Devalle, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), afirmou que esses atos fazem parte da luta para obter um acordo justo e condizente com as necessidades dos trabalhadores. Ele ressaltou que a Petrobras tem obtido lucros recordes e distribuído somas fabulosas aos acionistas, então é justo que os trabalhadores, que são responsáveis por esse lucro, também sejam recompensados.

Devalle lembrou que os trabalhadores da Petrobras estão em estado de greve, mas acredita que as negociações com a empresa avançarão sem a necessidade de uma greve efetiva.

Em resposta, a Petrobras informou que está em processo de negociação do Acordo Coletivo 2023/2025 com as entidades sindicais e que, até o momento, não foi oficialmente notificada sobre paralisações. A empresa reiterou que está aberta ao diálogo e fazendo todos os esforços para negociar o acordo coletivo visando garantir a segurança das pessoas, das instalações e a continuidade operacional.

É importante ressaltar que as informações aqui apresentadas podem estar sujeitas a mudanças e que é necessário acompanhar os desdobramentos dessa mobilização dos petroleiros.

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