Ministro da Educação anuncia renegociação de dívidas do Fies com até 99% de desconto em juros e multas.

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta quarta-feira (1º) uma nova medida para beneficiar os estudantes que possuem dívidas em atraso no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os estudantes terão a oportunidade de renegociar seus débitos com até 99% de desconto em juros e multas. A sanção da lei do Pacto Nacional pela Retomada de Obras Inacabadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva abre caminho para essa renegociação.

Atualmente, cerca de 1,2 milhão de contratos do Fies estão inadimplentes, totalizando um saldo devedor de R$ 54 bilhões. Com essa medida, o governo busca facilitar a regularização dessas dívidas e garantir que os estudantes não sejam impedidos de continuar seus estudos.

O ministro Camilo Santana, em um vídeo divulgado pelo presidente Lula, ressaltou que o Fies se burocratizou demais e que é necessário realizar mudanças no programa. Segundo ele, o Fies deve ser um programa social, que ofereça oportunidades de acesso à universidade para os jovens.

A nova medida traz vantagens para os estudantes que possuem débitos em atraso por mais de 90 dias até 30 de junho de 2023. Além disso, os estudantes com débitos vencidos há mais de 360 dias em 30 de junho de 2023, que estejam inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) ou que tenham sido beneficiários do Auxílio Emergencial 2021, terão desconto de até 99% do valor consolidado da dívida, incluindo o principal.

Para aqueles que não se enquadrarem nessas condições, mas ainda possuem débitos vencidos há mais de 360 dias em 30 de junho de 2023 e desejam amortizar o contrato, o desconto será de até 77% do total da dívida.

Essa medida busca não apenas facilitar a regularização das dívidas, mas também incentivar os estudantes a continuarem estudando, sem se sentirem envergonhados por estarem endividados. O mais importante, segundo o presidente Lula, é que as pessoas continuem a estudar, independentemente de suas dificuldades financeiras.

Com essa renegociação, o governo acredita que poderá reduzir os índices de inadimplência no Fies e garantir que mais estudantes tenham acesso à universidade. As mudanças no programa estão sendo discutidas para que o Fies se torne mais social e cumpra seu papel de oferecer oportunidades de educação para os jovens brasileiros.

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