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Projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados determina informação obrigatória sobre cirurgia plástica reparadora da mama pelo SUS

A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (6) um projeto de lei que determina que hospitais e clínicas informem as mulheres sobre a possibilidade de acesso à cirurgia plástica reparadora da mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos casos em que houver mutilação decorrente de tratamento de câncer. A proposta, que foi aprovada na forma de um substitutivo da deputada Erika Hilton (Psol-SP) pelo Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, será encaminhada ao Senado.

A deputada Flávia Morais (PDT-GO), autora do projeto de lei 3072/22, explicou que a retirada dos seios traz reflexos psicológicos relacionados à sexualidade e maternidade. Ela lamentou que, nos últimos anos, a proporção de cirurgias de reconstrução em relação às mastectomias tenha sido de apenas uma para cada 7,5 casos registrados pelo DataSUS.

De acordo com o projeto, os estabelecimentos de saúde que prestem atendimento a pacientes com câncer de mama deverão informar sobre a possibilidade de realizar a cirurgia plástica reparadora pelo SUS. A informação deverá ser transmitida por meio de placas, cartazes, propagandas ou outros meios, além do médico assistente responsável pela mastectomia.

Aqueles que descumprirem as medidas estarão sujeitos a multa, conforme determinado em regulamento específico. A deputada Ana Paula Lima (PT-SC), relatora da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), destacou a importância da multa para garantir que os estabelecimentos de saúde cumpram a lei e forneçam as informações necessárias às pacientes.

A aprovação desse projeto de lei é de extrema importância, pois visa auxiliar as mulheres que enfrentam as consequências da mastectomia decorrente do tratamento contra o câncer de mama. A cirurgia plástica reparadora pode contribuir significativamente para a recuperação da autoestima e qualidade de vida dessas mulheres.

Agora, o projeto será encaminhado ao Senado, onde será analisado e votado. Caso seja aprovado sem alterações, seguirá para sanção presidencial e se transformará em lei. Espera-se que essa medida seja mais um passo na garantia dos direitos e cuidados para as mulheres que enfrentam essa doença.

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