Na quarta-feira, uma lista de pessoas autorizadas a atravessar a passagem incluía 601 estrangeiros, sendo a maioria portadores de passaporte da Ucrânia (228), seguidos por nacionais das Filipinas (107), Estados Unidos (100), Alemanha (75), Romênia (51) e Canadá (40).
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil esperava a saída de 34 brasileiros da Faixa de Gaza no mesmo dia, conforme garantia dada pelo ministro das relações exteriores de Israel, Eli Cohen, ao ministro Mauro Vieira, na semana anterior. No entanto, a inclusão dos brasileiros não se concretizou.
Uma brasileira, Shahed Al-Banna, de 18 anos, enviou um depoimento em vídeo para a Agência Brasil, revelando que a passagem estava fechada em Rafah e que as pessoas que esperavam atravessar a fronteira não conseguiram. Segundo ela, as informações no local indicavam que ambulâncias com feridos sairiam primeiro, mas nenhuma ambulância foi vista saindo.
Rafah, controlada pelo Egito e sem fronteira com Israel, é o único ponto de entrega de ajuda humanitária desde que Israel lançou um ataque militar e cerco a Gaza em retaliação a um ataque de militantes do Hamas em 7 de outubro.
As retiradas de portadores de passaportes estrangeiros através da passagem foram suspensas nos dias 4 e 5 de novembro, após um ataque israelense a uma ambulância que se dirigia para Rafah, mas a passagem foi reaberta nos dias seguintes.
Em relação à nova data para a saída, a diplomacia brasileira informou aos brasileiros em Gaza que os responsáveis pelos países envolvidos na evacuação de civis avisaram às embaixadas que a saída do grupo pela fronteira com o Egito será nesta quinta-feira (9). No entanto, nem o Itamaraty, nem o Escritório da Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia ocupada, confirmaram essa informação.