Esses dados refletem o impacto do endividamento na economia das famílias, pois reduz o poder de compra, especialmente quando se trata de produtos não duráveis, como alimentos. Além disso, a inadimplência pode acarretar em despesas adicionais, como juros, mora e multas, agravando ainda mais as dificuldades financeiras, sobretudo para os consumidores com renda mais baixa.
O endividamento excessivo pode levar a um ciclo vicioso de dívidas, obrigando as famílias a contraírem novos empréstimos para quitar os antigos, o que contribui para um aumento das despesas com juros e dificulta a saída da situação de endividamento.
Os tipos de dívidas mais comuns entre as famílias de menor renda em Pernambuco são cartão de crédito, carnês e crédito pessoal. O tempo médio de comprometimento do orçamento familiar com dívidas no estado é de oito meses, enquanto o tempo médio de contas em atraso é de 63 dias, um dia a menos do que a média nacional.
O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, ressaltou a preocupação com o aumento de 25,6% no número de pessoas que não terão condições de pagar as dívidas nos próximos meses. Ele ainda comparou essa taxa com a situação dos inadimplentes em todo o Brasil, destacando que, embora os níveis de inadimplência em Pernambuco tenham apresentado um aumento mais significativo, a taxa nacional de inadimplência teve uma elevação menor em relação ao mesmo período do ano anterior.
Diante desse panorama, é essencial que as famílias busquem alternativas para sair da situação de endividamento, como o planejamento financeiro e a renegociação das dívidas. Além disso, é fundamental que o governo e as entidades ligadas ao comércio e ao consumo busquem políticas eficazes para combater esse problema e garantir a saúde financeira das famílias pernambucanas.