Senador Eduardo Girão requer esclarecimentos sobre reuniões no Ministério da Justiça com integrante do crime organizado.

O senador Eduardo Girão, do partido Novo no Ceará, fez graves denúncias durante seu pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (14). Segundo o senador, a imprensa divulgou informações sobre reuniões realizadas no Ministério da Justiça e no Ministério dos Direitos Humanos com integrantes do crime organizado. Girão informou que apresentou um requerimento para que o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, preste esclarecimentos sobre uma reunião que teria acontecido com Luciane Barbosa de Farias, esposa de Clemilson dos Santos, líder da facção criminosa Comando Vermelho no Amazonas.

Durante seu pronunciamento, o senador ressaltou que a “Dama do Tráfico” esteve duas vezes no Ministério da Justiça em agendas oficiais. Além disso, teria participado de reuniões no Ministério dos Direitos Humanos, sendo inclusive recebida pela coordenadora. O senador ainda mencionou notícias veiculadas pelos jornais O Estado de S.Paulo, Estadão e Gazeta do Povo, que apontam que documentos apreendidos pela Polícia Civil do Amazonas mostram pagamentos feitos a uma advogada para intermediar a reunião da líder do Comando Vermelho no Ministério da Justiça.

Outra denúncia apresentada por Girão foi a participação de Luciane em duas reuniões na sede do Ministério da Justiça. O senador também chamou atenção para outros casos, como a proibição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da divulgação de vídeos em que líderes do tráfico de drogas estariam comemorando a vitória de Lula nas prisões de segurança máxima. Também mencionou a visita do ministro Flávio Dino ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, uma região controlada por facções criminosas.

Diante dessas graves denúncias, o senador informou que estão sendo tomadas providências urgentes, como o envio de requerimentos oficiais de informações ao Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos. Além disso, está sendo proposto um projeto de lei para incluir a não publicação de agenda e compromissos de ocupantes de cargos executivos como improbidade administrativa. Girão também comunicou que iniciou uma coleta de assinaturas para a instalação de uma CPI para investigar o crime organizado no Brasil.

Essas denúncias apresentadas pelo senador Eduardo Girão levantam sérias questões sobre a segurança pública e a atuação dos órgãos do governo em relação ao crime organizado. As investigações e esclarecimentos sobre esses fatos são fundamentais para garantir a integridade e a luta contra a criminalidade no país.

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