Essas estatísticas chamam atenção para o impacto desigual das mudanças climáticas, afetando de forma mais severa as pessoas que vivem na pobreza, principalmente mulheres, populações negras, comunidades indígenas e quilombolas nos países do lado sul do globo. Consequentemente, as desigualdades sociais e econômicas acabam sendo ampliadas, criando um ciclo vicioso de injustiças.
Para combater essa situação, a Oxfam aponta a necessidade de medidas como a tributação dos super-ricos, investimento em serviços públicos e a adoção de metas climáticas mais rígidas por parte dos governos. A implementação de um imposto de 60% sobre a renda do 1% mais rico do mundo poderia arrecadar US$ 6,4 trilhões, o que seria fundamental para financiar a transição energética e apoiar regiões impactadas.
Além disso, a organização defende que as nações ricas e poluentes devem promover uma transição rápida e justa para longe dos combustíveis fósseis, adotando políticas que desestimulem a exploração e uso dos mesmos. A mudança desse paradigma econômico, desvinculando o crescimento econômico do consumo excessivo, também é apontada como uma solução essencial para enfrentar o desafio da desigualdade climática.
Essas recomendações surgem em um momento crucial, já que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023, a COP28, se aproxima. A pressão sobre os governos e a sociedade civil para a implementação de políticas e medidas eficazes para a redução da desigualdade climática é fundamental para que o planeta possa enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e garantir um futuro mais sustentável para todos.