Anielle ressaltou a diversidade cultural do Brasil e fez referência à significativa contribuição histórica dos negros para essa diversidade. Entretanto, ela enfatizou que “essas diferenças não podem significar desigualdade de oportunidades e direitos”. A ministra também destacou que dados comprovam que os negros são mais afetados pela fome, insegurança alimentar e violência como resultado do persistente racismo na sociedade.
Durante seu discurso, Anielle afirmou que todos têm o direito de viver com dignidade e ter acesso à educação, saúde, emprego, salário justo, segurança, moradia digna e alimentação de qualidade. Ela ressaltou a importância do direito de sonhar e realizar esses sonhos, enfatizando a necessidade de igualdade de oportunidades para todos.
Além disso, a ministra lembrou da luta do povo brasileiro e dos movimentos sociais na conquista dos direitos sociais. Ela também mencionou as ações do governo, incluindo a criação da política de cotas nas universidades e nos cargos e funções comissionadas no serviço público, bem como a lei que equipara injúria racial ao crime de racismo.
Anielle encerrou seu discurso reafirmando o compromisso com a memória, reparação e uma vida digna para o povo brasileiro, além do desenvolvimento do país. Ela enfatizou a importância de continuar trabalhando em prol da igualdade racial para construir um Brasil mais justo e mais feliz.
A data de 20 de novembro marca o dia da morte de Zumbi dos Palmares em 1695, pelas mãos de tropas portuguesas. Zumbi liderou a resistência de milhares de negros contra a escravidão no Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, em Alagoas. Este dia é celebrado como o Dia da Consciência Negra em todo o país.
O pronunciamento da ministra Anielle Franco destaca a importância de reconhecer e combater as desigualdades raciais, além de relembrar e homenagear a luta e a resistência do povo negro na história do Brasil.