Aumento de casos de bronquiolite em bebês preocupa autoridades de saúde no estado do Rio de Janeiro.

O aumento dos casos de bronquiolite em bebês nos hospitais do estado do Rio de Janeiro tem preocupado as autoridades de saúde. De acordo com um levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio (SES-RJ), a inflamação causada por vírus tem se tornado mais frequente, assim como os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes, que passaram de 228 para 366 registros nas últimas semanas.

A bronquiolite é uma condição clínica caracterizada pela inflamação dos bronquíolos, vias aéreas inferiores de calibre muito pequeno que transportam oxigênio para os pulmões. Essa infecção, mais comum em crianças menores de dois anos, pode se agravar rapidamente se não for tratada adequadamente. Os sintomas mais comuns incluem coriza, tosse leve, febre persistente por mais de três dias, respiração acelerada e com dificuldade, além de fadiga.

Diversos agentes infecciosos, como o vírus sincicial respiratório (VSR), influenza, parainfluenza e adenovírus, podem causar a virose que leva à bronquiolite. Apesar de o VSR ser o principal agente infeccioso responsável pela doença, ainda não há uma vacina disponível para crianças. Diante disso, a secretaria recomenda a imunização contra a Influenza, que pode contribuir para a redução dos casos.

Para combater essa situação, cerca de 2,5 milhões de doses da vacina contra a gripe foram disponibilizadas aos municípios fluminenses. A Campanha de Vacinação contra a Gripe iniciou em março e tem como meta atingir 90% de cobertura vacinal dos grupos prioritários, o que corresponde a 6,7 milhões de pessoas no estado.

Além disso, como medida preventiva, a SES-RJ ampliou a capacidade de leitos no Hospital Zilda Arns, em Volta Redonda, passando de 20 para 30 leitos de UTI pediátrica. A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, destacou a importância do monitoramento constante e ágil dos casos, permitindo a ampliação imediata da capacidade hospitalar conforme a necessidade. Em caso de aumento significativo dos casos, mais leitos podem ser abertos em outras unidades de saúde.

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