Até o momento, não há sinais de que o presidente Bolsonaro irá comparecer à posse. O convite feito por Milei abalou ainda mais o ímpeto de Lula em comparecer à cerimônia. Durante a campanha, o então candidato Milei se referia a Lula como “ladrão” e “comunista”, o que torna improvável a presença de Bolsonaro na posse.
No entanto, nos dias que antecederam a votação, já havia contatos entre o então favorito a vencer a disputa com Sergio Massa e Brasília. O embaixador da Argentina, Daniel Scioli, se reuniu com o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, em Brasília, encontro que antecedeu a viagem de Diana Mondino.
Scioli é cotado para permanecer no cargo, em mais um sinal de que Milei deseja deixar a animosidade da campanha para trás. Além do convite para a posse, Milei destacou na carta que os dois países têm “muitos desafios pela frente” e que “mudanças econômicas, sociais e culturais, baseadas nos princípios da liberdade” os posicionará como países competitivos.
Em uma tentativa de promover a cooperação entre Brasil e Argentina, Milei mencionou os laços geográficos e históricos entre os dois países. Ele concluiu a carta expressando o desejo de um encontro com Lula em breve. Até o momento, o Palácio do Planalto não comentou a mensagem. Este convite e as futuras relações políticas entre os dois países prometem gerar muita expectativa e discussões nos próximos dias.