Platt sofre constantes dores depois de ter sido submetida a cirurgias que a deixaram com “dois buracos no estômago”. Além disso, ela teve de passar por nove cirurgias corretivas após sua estadia na Turquia. Ela voltou ao Reino Unido para receber tratamento pelo Serviço Nacional de Saúde.
A cirurgia que foi realizada na Turquia tinha um custo muito mais baixo em relação ao Reino Unido. A ida de Platt à Turquia foi motivada por esse cenário e pelas boas avaliações da clínica que ela escolheu. No entanto, a realidade foi outra. A britânica relata que o hospital onde foi operada era uma clínica de fertilidade e parto, o que a fez desconfiar da qualidade do atendimento desde o início.
A cirurgia demorou treze horas, segundo relato de Platt, e resultou em complicações graves. Ela também enfatizou as dificuldades que enfrentou, como a comunicação com a equipe médica e a falta de tempo para analisar a papelada. Além disso, Platt teve que pagar um preço alto pelo procedimento mal-sucedido.
A busca por tratamentos estéticos no exterior tem se tornado uma tendência, especialmente na Turquia, devido aos preços mais baixos. No entanto, a Associação Britânica de Cirurgiões Plásticos Estéticos (BAAPS) divulgou dados alarmantes: o número de casos que precisaram de tratamento emergencial após cirurgias no exterior aumentou nos últimos anos, com a Turquia sendo responsável por grande parte dessas ocorrências.
O presidente da BAAPS, Marc Pacifico, alerta para a falta de regulação e os riscos associados às cirurgias em território estrangeiro. Apesar dos esforços das clínicas turcas em promover o “turismo cosmético”, é crucial considerar os riscos e os problemas relatados por pacientes como Sara Platt. O caso serve como um alerta para aqueles que consideram realizar procedimentos estéticos no exterior em busca de preços mais baixos.
