Prefeito de Maceió vai a Brasília para alertar sobre iminente colapso de mina da Braskem no Mutange

O Prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), esteve em Brasília nesta segunda-feira (4) para apresentar um levantamento da situação da capital alagoana em decorrência do iminente colapso da mina nº 18 da Braskem, localizada no bairro do Mutange. Durante a visita, JHC destacou que os danos causados pela mineração estão impactando os serviços de logística, educação, saúde e mobilidade urbana na cidade.

De acordo com o prefeito, a prefeitura busca a reparação desses danos, mas ressaltou que os recursos atuais disponíveis não serão suficientes para suprir a alta demanda que a cidade enfrentará. Em reunião com os ministérios do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, da Integração e do Desenvolvimento Regional, do Turismo, da Aquicultura e Pesca, além da Agência Nacional de Mineração (ANM), JHC compartilhou a extensão dos desafios enfrentados por Maceió.

Após o encontro, o ministro Wellington Dias anunciou que o MDS priorizará o atendimento às pessoas em situação de vulnerabilidade, integrando as ações de acolhimento, abrigo e alimentação. Além disso, o prefeito buscou apoio financeiro junto ao presidente da Caixa, Carlos Vieira, para reduzir o déficit habitacional da cidade.

Na semana passada, o governo federal reconheceu a situação de emergência em Maceió, permitindo que a prefeitura solicite recursos para ações de assistência humanitária. A visita do prefeito a Brasília também incluiu um encontro com o presidente em exercício do Senado, Rodrigo Cunha, que demonstrou apoio à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a responsabilidade da empresa Braskem nos danos causados pela extração de sal-gema em Maceió.

No entanto, Cunha ressaltou que a proposta da CPI deve ser livre de influências que possam comprometer a imparcialidade da investigação. Enquanto isso, a Defesa Civil de Maceió continua em alerta máximo devido ao risco iminente de colapso da mina 18, recomendando que a população evite transitar na área desocupada até novas atualizações. Com o deslocamento vertical da mina atingindo 1,80 metro e apresentando um movimento de 6,3 centímetros nas últimas 24 horas, as autoridades locais permanecem vigilantes diante da situação.

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