Hamas adverte que reféns sequestrados em Israel não sairão “vivos” da Faixa de Gaza sem negociação

O movimento islamista palestino Hamas emitiu uma advertência neste domingo (10), afirmando que nenhum dos reféns sequestrados durante o ataque de 7 de outubro em Israel sairia “vivo” do território da Faixa de Gaza sem uma negociação. O porta-voz do braço armado do Hamas, Abu Obeida, fez a declaração em um comunicado divulgado na televisão, afirmando que nenhum dos prisioneiros israelenses seria liberado sem uma negociação e cumprimento das exigências da resistência palestina.

Em novembro, um acordo de trégua permitiu que 105 reféns, incluindo 80 israelenses, fossem libertados em troca de 240 prisioneiros palestinos detidos por Israel. Entretanto, Israel indicou que 137 reféns ainda permanecem em Gaza. O Catar, mediador entre as partes, afirmou que os esforços para um novo cessar-fogo e novas libertações de reféns continuam, apesar dos constantes bombardeios israelenses, que reduzem as chances de um acordo.

Além disso, Abu Obeida afirmou que o Hamas continuará lutando contra as forças israelenses e que não tinham escolha senão combater o que chamou de “ocupante bárbaro” em todos os bairros, ruas e becos. Ele reforçou o compromisso do grupo em continuar travando uma batalha na terra deles.

Em relação aos números de vítimas dos conflitos, o Hamas afirma que o ataque de 7 de outubro resultou na morte de 1.200 pessoas, a maioria civis, e no sequestro de outras 240, de acordo com autoridades israelenses. Em resposta, Israel realizou uma ofensiva aérea, marítima e terrestre, que resultou em pelo menos 17.700 mortos na Faixa de Gaza, a maioria mulheres e crianças, de acordo com informações do Ministério da Saúde do Hamas.

O conflito entre Israel e Hamas tem se mostrado complexo e com um alto custo humano. O histórico de violência e tensões entre as duas partes indica que a busca por uma solução pacífica e duradoura permanece um desafio. Em meio a um cenário de incertezas e desafios, a comunidade internacional continua a acompanhar de perto os desdobramentos e busca maneiras de contribuir para uma resolução pacífica do conflito.

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