Os números indicam que a mineração tem gerado graves impactos ambientais e violações de direitos humanos no país, especialmente diante da atual desregulamentação das políticas ambientais e da proposta de abertura de novas áreas para mineração. O relatório mostra que a atividade minerária resultou em conflitos em diversas comunidades, afetando cerca de 155.983 indígenas, 49.268 quilombolas, e outras categorias como ribeirinhos, pescadores, extrativistas, posseiros, geraizeiros e camponeses de fundo de pasto.
Houve também casos de violência extrema associados à mineração, que resultaram em 45 mortes, 19 casos de trabalho análogo à escravidão, sete de ameaça, cinco de ameaça de morte e dois de trabalho infantil. O relatório aponta que os estados que mais concentram registros de conflitos relacionados à mineração são Pará, Amazonas, Minas Gerais, Mato Grosso e Roraima.
Os dados revelam que a mineração ilegal, especialmente os garimpos, foi responsável por 29,1% dos casos registrados. O relatório também destaca que as forças em disputa muitas vezes são bastante desiguais, mas têm resultado em reações como manifestações, cartas públicas, bloqueios de vias, ocupações e ações judiciais.
A situação apresentada no relatório é preocupante e destaca a necessidade urgente de repensar a atividade minerária no Brasil, priorizando a preservação ambiental e o respeito aos direitos das comunidades afetadas. É fundamental que as autoridades atuem para garantir uma mineração responsável, que respeite o meio ambiente e promova o desenvolvimento sustentável.