Kremlin contornará sanções da UE ao comércio de diamantes, afirma porta-voz, mencionando medidas já tomadas em relação ao petróleo.

O Kremlin emitiu um aviso nesta terça-feira (19), afirmando que a Rússia irá contornar as novas sanções europeias que visam o lucrativo comércio de diamantes, convencidos pela União Europeia (UE) de que essa atividade é uma fonte de financiamento para a ofensiva russa na Ucrânia.

A imposição de sanções econômicas por parte dos países ocidentais contra Moscou tem sido uma prática desde o início do ataque russo à Ucrânia, há quase dois anos. No entanto, na segunda-feira, a UE adotou um 12º pacote de medidas, incluindo a proibição da importação de diamantes russos. Esta proibição se estenderá a diamantes naturais ou sintéticos e a joias a partir de janeiro, assim como a diamantes lapidados em outros países a partir de setembro de 2024.

Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que a proibição era previsível e que o setor estava preparado para isso. Além disso, expressou confiança na capacidade de burlar as sanções europeias, afirmando que “elas existem e serão aplicadas para garantir nossos interesses”.

Além do comércio de diamantes, a UE também busca aprimorar a aplicação das sanções contra o petróleo russo. Porém, a Rússia tem conseguido evitá-las através do desenvolvimento de uma frota “fantasma” de petroleiros e com o auxílio de países como China e Índia.

Essa ação da Rússia de contornar as sanções impostas pela União Europeia é mais uma prova da capacidade do país em driblar as medidas econômicas e políticas internacionais. Com isso, cria-se um desafio para as potências ocidentais que buscam punir a Rússia por suas ações na Ucrânia. A eficácia dessas sanções e a capacidade russa de burlá-las mostram a complexidade das relações geopolíticas e das estratégias utilizadas pelos países envolvidos.

Em meio a esse contexto, a Europa se mantém atenta às movimentações russas e busca novas formas de pressionar o país. No entanto, a resposta do Kremlin de contornar as sanções impõe desafios adicionais para a UE e demonstra a complexidade das relações internacionais.

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