Líder opositor russo, Alexei Navalni, afirma estar “bem” após transferência para colônia penal no Ártico.

O líder opositor russo Alexei Navalni, detido e transferido para uma colônia penal no Ártico russo, utilizou as redes sociais para informar que está bem. Navalny garantiu que está bem-humorado, como “convém a um Papai Noel”, e ainda brincou com a situação ao mencionar a barba que cresceu e as roupas adaptadas para resistir ao inverno rigoroso. “Não se preocupem comigo. Estou bem. Estou completamente aliviado por finalmente ter chegado”, adicionou.

Os parentes de Navalny anunciaram na segunda-feira que o localizaram em uma colônia penal em Kharp, em Yamalia-Nenetsia, localizada além do círculo polar ártico. O ativista anticorrupção e opositor do presidente Vladimir Putin cumpre pena de 19 anos de prisão por “extremismo” e foi detido em janeiro de 2021 ao retornar à Rússia, após se recuperar na Alemanha de um envenenamento que ele alega ter sido planejado pelo Kremlin.

Ele estava desaparecido desde o início de dezembro da colônia penitenciária da região de Vladimir, a 250 km de Moscou. Navalny contou que chegou à colônia penal de Kharp no sábado (23) à noite, após uma viagem discreta e organizada. Ele não esperava ser localizado pela família antes de meados de janeiro.

O líder opositor afirmou que viu pouco da região, exceto por uma cela anexa coberta de neve e uma cerca do lado de fora de sua janela. As temperaturas em Kharp devem cair para -26 graus Celsius nos próximos dias. Ele ainda brincou sobre a ausência de renas no local, mas destacou a presença de “cães pastores enormes, fofinhos e muito bonitos”.

Apesar do cenário frio e desolador da região onde está detido, Navalny mencionou que está bem e tranquilizou seus seguidores sobre suas condições. A transferência para a nova colônia penal, durou 20 dias e foi considerada “bastante cansativa” pelo líder opositor.

Por fim, a situação de Navalny continua a gerar preocupação e especulações sobre os próximos desdobramentos. A incerteza em torno do ativista anticorrupção e sua detenção em meio ao inverno rigoroso do Ártico russo mantém a atenção da comunidade internacional sobre a situação dos direitos humanos na Rússia.

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