Acrescentando ainda mais polêmica, Erdogan destacou que Netanyahu “é mais rico que Hitler” e “obtém todo tipo de apoio dos países ocidentais e dos Estados Unidos”. Além disso, o presidente turco classificou Israel como um “Estado terrorista” e chamou o líder israelense de “açougueiro de Gaza”, enquanto defendia o Hamas, que governa o território palestino, como um “grupo de libertação”.
A resposta de Benjamin Netanyahu não demorou a chegar. Em nota, o primeiro-ministro israelense acusou Erdogan de cometer genocídio contra os curdos e de deter um recorde mundial de prisões de jornalistas que se opõem ao seu regime, desqualificando, portanto, sua prerrogativa para dar lições de moral. Segundo Netanyahu, Israel está lutando para eliminar a organização terrorista do Hamas, responsável por “crimes contra a humanidade”.
Ao mesmo tempo em que a troca de acusações e críticas se intensifica entre os líderes de ambos os países, a situação na região é extremamente delicada. Ataques do Hamas no sul de Israel resultaram em aproximadamente 1.140 mortos, a maioria civis, de acordo com um balanço da AFP com base em dados israelenses. Já em Gaza, o Ministério da Saúde do Hamas estima que foram 21.100 mortes, majoritariamente mulheres e crianças, em bombardeios e operações terrestres israelenses.
Os conflitos entre Israel e Palestina são uma questão complexa e de longa data, com desdobramentos que impactam não apenas a região do Oriente Médio, mas também o restante do mundo. Diante disso, as declarações dos líderes dos dois países demonstram como a situação se torna ainda mais crítica com a escalada do confronto e as tensões crescentes entre as partes.