Gerardo Martínez, secretário-geral do sindicato da construção, afirmou que os trabalhadores estão dispostos a defender seus direitos quando se deparam com uma medida inconstitucional. Além de centrais sindicais, organizações sociais também se juntaram à mobilização, protestando contra as mudanças propostas pelo presidente Milei. O decreto, que entra em vigor na sexta, limita o direito à greve, modifica convênios trabalhistas, redefine a jornada de trabalho e abre espaço para a privatização de empresas públicas.
Diante dessa situação, Martínez instou o governo a abrir um diálogo tripartite com trabalhadores e empresários, sugerindo que outros países que também passaram por ajustes severos adotaram essa abordagem. Segundo dados ainda não confirmados, o presidente Milei encerrou cerca de 7.000 contratos de funcionários públicos no contexto de um plano de redução de gastos do Estado.
Com a inflação atingindo mais de 160% e a pobreza afetando mais de 40% da população, o decreto do presidente ultraliberal levantou questionamentos entre os argentinos. A Justiça abriu um expediente para analisar uma ação coletiva contra o decreto e, para que o mesmo seja invalidado, o Congresso, onde o governo tem a terceira minoria, precisará atuar – um processo que pode levar vários meses.
Protestos semelhantes ocorreram em diferentes partes do país, demonstrando a insatisfação generalizada com as mudanças propostas pelo governo. No entanto, a resposta do governo à pressão popular ainda permanece incerta, gerando tensões e incertezas em relação ao futuro da Argentina e de sua economia.