2024 pode ser o segundo ano mais quente da história – e com risco de ultrapassar os 1,5°C do Acordo de Paris

De acordo com relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) sobre as condições climáticas projetadas para 2024, a situação é alarmante e preocupante. A expectativa é de que o planeta atinja temperaturas historicamente altas, que podem ultrapassar as marcas anteriores já registradas. Essa previsão é embasada por um modelo climático do Met Office, o escritório britânico de meteorologia e clima, que indica que no próximo ano a temperatura global deve estar em torno de 1,46°C acima do “normal”.

No entanto, essa projeção possui uma margem de erro relativamente grande, o que aumenta o risco de que o planeta alcance um pico de 1,58°C acima da era pré-industrial. Além disso, a previsão aponta para a possibilidade de um novo recorde de temperatura global, superando o limite estabelecido pelo Acordo de Paris para o clima, que é de 1,5°C. O cientista Nick Dunstone, líder do trabalho do Met Office, reforça que a tendência de aquecimento global de 0,2°C por década está em linha com esses prognósticos.

Esse aumento nas temperaturas não traz apenas preocupações em nível global, mas também implica riscos regionais específicos. Por exemplo, a América do Sul pode estar particularmente vulnerável, principalmente em razão do fenômeno El Niño. Voltando ao âmbito global, a questão climática traz também implicações legais, uma vez que ainda não há um critério objetivo dentro do Acordo de Paris para determinar por quanto tempo a média de temperatura precisa exceder o limite de 1,5°C para que os países reconheçam que a meta do acordo falhou.

Nesse contexto, especialistas apontam a necessidade de acelerar as ações de contenção das mudanças climáticas. É consenso entre os cientistas que a situação é grave e exige uma resposta imediata. Afinal, os impactos das temperaturas elevadas estão cada vez mais evidentes e ameaçam tornar a vida no planeta mais difícil. As previsões para 2024 indicam a continuidade do aquecimento global e a necessidade de adaptação a novas realidades climáticas.

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