A cartilha apresenta diversas alternativas para a prática da eutanásia, incluindo o uso de métodos químicos, como sedativos, anestésicos e relaxantes musculares, e métodos físicos, como armas de fogo e implosão com o uso de carga explosiva. No entanto, o documento destaca a importância de realizar a eutanásia apenas quando é estritamente necessário para abreviar o sofrimento do animal. Além disso, a prática deve ser realizada por um médico-veterinário qualificado e experiente, sem oferecer riscos para a equipe que irá realizá-la.
A cartilha, intitulada “Bem-Estar Animal: Guia Remab de Eutanásia de Cetáceos e Sirênios – Redução do Sofrimento Animal”, foi elaborada pela Rede de Encalhes e Informação de Mamíferos Aquáticos do Brasil (Remab) do ICMBio. O documento é direcionado para instituições, pesquisadores e profissionais que atuam no resgate de mamíferos aquáticos em todo o litoral do Brasil e na região Amazônica.
O Brasil abriga uma diversidade de mamíferos aquáticos, incluindo cetáceos (golfinhos, botos e baleias) e sirênios (peixes-boi-marinhos e peixes-boi-amazônicos). Diante dessa realidade, o desenvolvimento de diretrizes para a prática da eutanásia se torna essencial para garantir o bem-estar desses animais. O ICMBio alerta para a importância de confirmar a morte do animal após o procedimento, e recomenda diferentes formas de descarte da carcaça, como enterro na praia, em aterros sanitários, eliminação no mar, incineração e compostagem.
A elaboração e divulgação dessa cartilha reforça o compromisso do ICMBio em promover o bem-estar animal e a conservação da biodiversidade marinha no Brasil. Ao estabelecer diretrizes claras e seguras para a prática da eutanásia de mamíferos aquáticos, o instituto busca garantir que os animais sejam tratados com respeito e dignidade, mesmo em situações extremas e irreversíveis. A iniciativa demonstra o comprometimento do Brasil em proteger e preservar as espécies aquáticas em seu território.
