Ministro da Defesa de Israel alerta autoridades dos EUA sobre prazo curto para acordo diplomático com o Líbano em meio à escalada das tensões na região.

Ministro alerta para o prazo que se encerra para acordo diplomático com o Líbano em meio às escaramuças na fronteira com combatentes do Hezbollah e o aumento da tensão com o movimento xiita

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, fez um alerta aos Estados Unidos sobre o prazo cada vez mais curto para um acordo diplomático com o Líbano. Isso ocorre em meio a escaramuças na fronteira com os combatentes do Hezbollah e ao aumento da tensão com o movimento xiita aliado ao Hamas. O aviso se deu pouco antes da chegada do secretário de Estado americano, Antony Blinken, à região.

Gallant esteve em reunião com Amos Hochstein, um dos principais conselheiros políticos de Joe Biden, em que afirmou que apesar de preferir uma saída negociada com o Líbano, o prazo para um acordo diplomático está próximo da conclusão. O ministro apresentou as preocupações de Israel quanto à situação na fronteira e a importância de se alcançar um acordo que garanta a segurança e estabilidade na região.

Neste contexto, Blinken iniciou uma turnê pelo Oriente Médio, passando por Israel, Cisjordânia, Egito, Grécia, Turquia e outros quatro países árabes. O objetivo do diplomata é buscar um compromisso de aliados e de outros países da região para que usem sua influência para dissuadir qualquer escalada do conflito.

As tensões entre rivais regionais iniciadas pela guerra em Gaza têm ameaçado se espalhar para além das fronteiras. A sinalização de líderes internacionais é mais por respostas bélicas do que por negociações, adicionando camadas de tensão a um contexto regional com atores interligados.

No lado libanês da fronteira, o Hezbollah prometeu vingança pela morte de Saleh al-Arouri, número 2 da ala política do Hamas, e classificou o ataque a Beirute como um marco perigoso na hostilidade entre o grupo e o Estado de Israel. Nasrallah afirmou em discurso que enfrentarão qualquer conflito mais amplo com Israel e reforçou que a guerra com Israel terá um custo muito alto.

No Irã, um atentado terrorista contra uma procissão matou dezenas de pessoas. O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, prometeu retaliar os “inimigos” do país. Esse cenário intensifica a preocupação internacional e acrescenta camadas de tensão a um contexto regional já bastante complicado.

Blinken também deve abordar a questão dos ataques dos rebeldes Houthis, do Iêmen, a embarcações no Mar Vermelho. A preocupação com atos terroristas já é uma das principais repercussões externas do conflito em Gaza, prejudicando uma das principais rotas de comércio marítimo.

Em meio ao temor internacional de uma ampliação do conflito, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, apresentou um plano preliminar para o pós-guerra na Faixa de Gaza. A ideia é que o enclave palestino fique livre para se autogerir sem a presença do Hamas e de uma administração civil israelense ao fim do conflito.

Gallant propõe o pós-guerra, a ideia de continuidade dos combates em Gaza em uma nova fase, com ações mais pesadas, incluindo ataques aéreos e incursões terrestres. O ministro também ressalta a necessidade de resgatar reféns e eliminar líderes do Hamas. A proposta apresentada por Gallant prevê que Israel mantenha o direito de operar no território em caso de ameaça.

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