O desaparecimento da artista foi relatado em um boletim de ocorrência registrado na manhã de quinta-feira, 4 de janeiro. Segundo a Polícia Civil, o boletim informava que o último contato da vítima com a família teria sido na madrugada do dia 23 de dezembro, quando ela teria dito que iria pernoitar em Presidente Figueiredo e em seguida seguiria para Rorainópolis, em Roraima.
As buscas pelo paradeiro de Julieta começaram na sexta-feira, 5 de janeiro, quando Thiago foi localizado e informou que a mulher havia pernoitado no local. Posteriormente, um morador localizou partes da bicicleta da artista, e após a chegada da polícia, o casal foi conduzido à delegacia.
Durante os depoimentos, o casal entrou em contradição até confirmarem a autoria do crime. De acordo com o delegado titular da 37ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Presidente Figueiredo, Valdinei Silva, Thiago atacou a vítima enquanto ela dormia em uma rede na varanda do local, a enforcou, a jogou no chão e depois pediu que a companheira amarrasse os pés dela. Em seguida, ele a arrastou para dentro da casa, onde a estuprou.
Após o crime, o casal tentou simular um incêndio com Julieta ainda viva, mas ela foi morta com uma corda e enterrada em uma cova rasa nas proximidades do local onde estava.
O casal foi preso em flagrante na sexta-feira e tiveram a prisão em flagrante convertido para preventiva pela Justiça do Amazonas no sábado. No mesmo dia, com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, o corpo de Julieta foi encontrado em uma cova no quintal do refúgio, além de outros pertences.
A morte da venezuelana provocou pesar em diversas entidades artísticas e movimentos sociais, que lamentaram a perda da artista. Várias manifestações estão previstas para acontecer em memória de Julieta, e o velório será realizado na cidade de Porto Ordaz, no sul da Venezuela, onde a palhaça se dirigia para reencontrar a mãe.
Até o momento, o ministro do Poder Popular para a Cultura da Venezuela repudiou o feminicídio cometido contra Julieta e pediu punição exemplar para o crime.
Como em toda notícia trágica, a morte da artista venezuelana Julieta Ines Hernandez Martinez gerou comoção e tristeza, e o caso continua sendo investigado para esclarecer todos os detalhes do crime e punir os responsáveis.