Segundo o Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (Sernanp), a flor foi batizada com o nome de “Brachionidium montieliae L. Valenz”. Ela possui uma coloração violeta e foi registrada a uma altitude de 3.590 metros, em uma das montanhas mais altas da Reserva da Biosfera Oxapampa-Asháninka-Yánesha. A nova espécie foi descoberta durante uma viagem de exploração botânica liderada pelo biólogo Luis Valenzuela, que faz parte da equipe científica do Jardim Botânico de Missouri, nos Estados Unidos.
Esta orquídea habita a floresta esclerofila, uma região com grande diversidade de espécies arbustivas e arbóreas de porte baixo, e floresce entre julho e agosto. A descoberta foi considerada bastante relevante, uma vez que o gênero “Brachionidium” compreende 84 espécies, das quais 29 estão registradas no Peru. A nova espécie foi descrita em detalhes na revista internacional de orquidologia “Lankesteriana”.
O Parque Yanachaga Chemillén, onde a orquídea foi encontrada, é uma área protegida com uma grande importância para a biodiversidade, e que atualmente enfrenta o risco de extinção de diversas espécies. Também foi mencionado na reportagem que o Equador é o país com o maior número de espécies de orquídeas registradas, aproximadamente 4.200. Em seguida, estão países como Colômbia, Brasil, Venezuela e Peru. Os cientistas estimam que existam mais de 20 mil espécies de orquídeas em todo o mundo.
Por fim, essa descoberta renova as esperanças da comunidade científica de que ainda existem muitas espécies desconhecidas na natureza a serem descobertas e preservadas. O trabalho dos botânicos peruanos foi fundamental para ampliar o conhecimento sobre a flora da região amazônica e contribuir para a conservação da biodiversidade nesse importante ecossistema.
