A pergunta que norteará a sessão desse painel é: “Que novos esforços são necessários para preparar os sistemas de saúde para os múltiplos desafios pela frente?”. E contará com a presença de importantes figuras como Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS; Nísia Trindade Lima, ministra da Saúde do Brasil, e Michel Demaré, presidente do conselho da AstraZeneca.
Mas, afinal, o que é essa “doença X”? O termo foi criado pela própria OMS na tentativa de preparar o mundo para uma nova doença epidemiológica ainda desconhecida, que pode ser causada por um patógeno até então não identificado. Em outras palavras, essa “doença X” é justamente aquela que, mesmo ainda não sendo conhecida, já se prepara para o fato de que ela irá surgir, e a população mundial deve estar preparada para isso.
A proposta da OMS ao criar esse termo foi incentivar cientistas a trabalharem em medidas médicas para evitar o aparecimento de ameaças infecciosas desconhecidas, desenvolvendo novas tecnologias como vacinas e medicamentos. A inclusão da “doença X” em uma pequena lista de agentes patogênicos de alta prioridade para pesquisa foi realizada pela OMS em 2017, junto a outras doenças como a SARS e o ebola.
Atualmente, essa lista inclui: covid-19, febre hemorrágica da Crimeia-Congo, doença pelo vírus ebola, doença pelo vírus Marburg, febre de Lassa, síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e SARS, vírus Nipah, febre do Vale do Rift, zika e a “doença X”. Em 2022, a OMS anunciou um grupo de mais de 300 cientistas para identificar agentes patogênicos que poderiam provocar futuros surtos e pandemias.
Portanto, a discussão sobre “doença X” no Fórum Econômico Mundial é de extrema importância, uma vez que representa uma oportunidade significativa para delinear estratégias e planos de contingência para lidar com possíveis futuras ameaças à saúde global. Afinal, diante do cenário ainda incerto que vivemos, o preparo e a prevenção se fazem fundamentais.