Israel intensifica ataque em Gaza após manifestação fatal de luto coletivo e ONU exige evacuação de meio milhão de residentes.

Israel mantém ataque a cidade em Gaza

Israel continua seu pesado ataque contra a cidade de Khan Yunis, em Gaza, em meio a uma manifestação de pesar pelo dia mais mortal de seu exército desde o início das operações terrestres no território. Os combates se intensificam, e a agência humanitária da ONU, OCHA, informa que as forças israelenses emitiram novas ordens de evacuação para uma seção de Khan Yunis, que atualmente abriga meio milhão de residentes e pessoas deslocadas.

As ordens de evacuação ocorrem em meio a um alerta do Programa Mundial de Alimentos de que os habitantes de Gaza enfrentam uma “insegurança alimentar catastrófica”. O chefe da ONU, António Guterres, criticou Israel pela rejeição de uma solução de dois Estados, vista pelo aliado dos Estados Unidos como o único caminho para uma paz duradoura.

A situação se complica com a morte de 24 soldados israelenses na segunda-feira, 21 dos quais eram reservistas mortos. As pessoas que lamentam compareceram aos funerais dos reservistas, e existe uma crescente expectativa do público por respostas claras sobre o propósito e o objetivo da operação em Gaza. A morte de soldados chega a 221, forçando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a lançar uma investigação sobre o “desastre”.

Em meio a este cenário, as forças israelenses emitiram ordens de evacuação para uma seção de quatro quilômetros quadrados de Khan Yunis, abrigando cerca de 513 mil pessoas, bem como os principais hospitais Nasser e Al-Amal. O gabinete do presidente palestino Mahmud Abbas denunciou as “exigências perigosas” para que os residentes se dirigissem para o sul, alertando que Israel pretende “deslocar o povo palestino de sua terra natal”.

Na cidade em ruínas de Gaza, a população enfrenta escassez de alimentos, água, combustível e medicamentos. A situação é descrita como catastrófica, com mais de meio milhão de pessoas enfrentando níveis catastróficos de insegurança alimentar. Enquanto isso, a guerra em Gaza resultou em cerca de 1.140 mortes em Israel, em sua maioria civis, e um total de 25.490 mortes em Gaza, 70% das quais eram mulheres e crianças.

A situação se agravou e despertou preocupações de uma escalada mais ampla, levando os Estados Unidos a atacarem locais usados por militantes apoiados pelo Irã no Iraque. Esses ataques ocorreram em meio a negociações destinadas a mediar um novo acordo para libertar reféns em Gaza. Contudo, a incerteza e o temor de uma guerra ainda maior persistem, com múltiplos ataques em andamento na região. A situação continua a evoluir e mesmo com a presença de mediadores, como o presidente iraniano Ebrahim Raisi, a resolução do conflito permanece elusiva.

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