Portaria cria grupo para elaborar proposta de programa nacional de emprego da medicina indígena no SUS

O Ministério da Saúde, por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (24), estabeleceu a criação de um grupo dentro da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) com o objetivo de elaborar uma proposta para a implementação de um programa nacional de utilização da medicina indígena no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (Sasi-SUS).

A Portaria nº 8, assinada pelo secretário nacional Ricardo Weibe Tapeba, determina que o Grupo de Trabalho de Medicinas Indígenas terá caráter consultivo. Esse grupo será formado por representantes de áreas técnicas da própria Sesai e poderá convidar especialistas de outros órgãos e entidades, tanto públicas quanto privadas, para contribuir com a proposta de criação do Programa em Medicinas Indígenas.

Além disso, o grupo de trabalho também poderá convidar representantes de organizações não governamentais (ONGs) e de governos de outros países para participar de reuniões e colaborar com a proposta. A principal responsabilidade dos membros do grupo será organizar e sistematizar as recomendações, bem como debater, revisar, avaliar e auxiliar tecnicamente na promoção de ações e estratégias relativas às medicinas indígenas no âmbito do Sasi-SUS.

De acordo com a portaria, o prazo estabelecido para a conclusão das atividades do grupo é de 12 meses, contados a partir da data de publicação. No entanto, esse prazo inicial poderá ser prorrogado por um período igual, se necessário.

A iniciativa busca fomentar a utilização de práticas medicinais tradicionais indígenas no sistema de saúde voltado para a população indígena. A partir do trabalho desse grupo, espera-se que seja possível elaborar um programa nacional que valorize e incorpore as medicinas indígenas no contexto do Sasi-SUS.

A criação desse grupo demonstra o reconhecimento da importância das práticas medicinais tradicionais das comunidades indígenas e a intenção de integrá-las de maneira mais efetiva no sistema de saúde. A expectativa é que, ao longo do processo de elaboração da proposta, haja um amplo debate e a participação de diversos atores interessados no tema, visando à construção de ações mais inclusivas e respeitosas em relação à medicina indígena.

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