O Equador se posicionou mais uma vez na guerra contra o tráfico de drogas ao destruir quase 22 toneladas de cocaína, representando o maior confisco de drogas na história do país. A substância foi descoberta enterrada em uma propriedade na província costeira de Los Ríos, no sudoeste do país.
O general William Villaroel, diretor da polícia antidrogas, anunciou que o juiz ordenou a remoção da substância. O transporte da cocaína sob escolta policial ocorreu da cidade de Quevedo, em Los Ríos, até a capital Quito, em uma jornada que durou toda a madrugada de quinta-feira.
Imagens compartilhadas pela polícia mostram os blocos de cocaína sendo alimentados em uma esteira para serem triturados em um local não identificado por razões de segurança. As autoridades explicaram que a droga é misturada com cimento, vidro, areia e cinzas, encapsulando-a e inativando-a, com a mistura resultante podendo inclusive ser utilizada para a fabricação de blocos de concreto para construção. Esse método permite a destruição de 1.500 kg por hora e tem uma eficácia de 100%, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
Segundo as autoridades, a cocaína seria transportada para a Ásia, Europa e América por meio de pequenas aeronaves. Ao que tudo indica, as autoridades acreditam que a droga pertence a grupos criminosos ligados a cartéis mexicanos e colombianos, que lutam entre si e também contra as forças de segurança pública.
O Equador, que já foi considerado um oásis de paz, vive atualmente um conflito armado interno, de acordo com o presidente Daniel Noboa. As forças militares conduzem operações em uma tentativa de conter as organizações narcotraficantes no país, das quais já confiscaram cerca de 36 toneladas. Em 2023, o país já havia apreendido o recorde de 220 toneladas de drogas. A nação, que está num centro logístico de distribuição de drogas, enfrenta uma guerra entre facções criminosas ligadas a cartéis mexicanos e colombianos, que lutam entre si e contra as forças de segurança pública.
