Políticos israelenses condenam conferência de extrema direita em Jerusalém que propõe emigração voluntária da população palestina na Faixa de Gaza.

Políticos israelenses e altos funcionários internacionais estão condenando fortemente uma conferência promovida pela extrema direita em Jerusalém, na qual líderes da coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediram a “emigração voluntária” da população palestina na Faixa de Gaza para outro lugar. O evento, denominado “Conferência para a Vitória de Israel”, aconteceu no último domingo e defendeu a ideia de que somente o reassentamento israelense poderia garantir uma vitória na guerra contra o grupo terrorista Hamas, que já dura três meses.

O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, fez declarações reforçando tal posição, defendendo a execução de terroristas e encorajando a saída voluntária dos habitantes de Gaza para outros países como a “solução mais moral e lógica”. O ministro afirmou em uma reunião na Knesset, o Parlamento de Israel, que a emigração voluntária dos palestinos de Gaza é a ordem do momento e que centenas de milhares de residentes seriam transferidos para países mais seguros.

No entanto, a conferência gerou uma onda de críticas por parte de figuras políticas israelenses e autoridades de países aliados, que questionaram a legitimidade, moralidade e legalidade das propostas discutidas. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou que não permitirá a reconstrução de assentamentos israelenses na Faixa de Gaza, contrariando as propostas feitas na véspera por Ben-Gvir, enquanto outros membros do governo e lideranças políticas também condenaram a conferência por prejudicar a sociedade israelense e a estratégia adotada no conflito com o Hamas.

Além das críticas internas, a comunidade internacional, incluindo a Palestina e países como Estados Unidos, França e Alemanha, expressou rejeição às propostas discutidas na conferência, enfatizando que elas violam o direito internacional e podem piorar o conflito já volátil na região.

Esses eventos destacam a tensa situação envolvendo Israel, Palestina e seus países aliados, em um momento em que a luta armada entre Israel e Gaza já resultou em centenas de mortes. As declarações controversas em favor da emigração voluntária e reassentamento israelense são duramente criticadas tanto interna quanto externamente, evidenciando um novo capítulo de tensão nas relações políticas e diplomáticas na região do Oriente Médio. A abordagem mais dura proposta pelo ministro das Finanças de Israel aumenta ainda mais a incerteza e a tensão na região, demonstrando a complexidade do conflito e a dificuldade em encontrar soluções pacíficas e justas para ambas as partes envolvidas.

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