O IGP-M é composto por três classes de preços: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos custos no atacado; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que calcula a cesta de consumo das famílias; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
No setor atacadista, o IPA apresentou uma queda de 0,09% em janeiro, contribuindo para frear o IGP-M. Esse recuo foi impulsionado pela redução nos preços das matérias-primas brutas, como a soja em grão, o minério de ferro e o milho em grão, que tiveram suas taxas de aumento diminuídas entre dezembro e janeiro.
Enquanto isso, o IPC registrou uma variação de 0,59% em janeiro, em comparação com 0,14% no mês anterior. O grupo alimentação foi o que teve o maior impacto nesse aumento, com uma taxa de variação passando de 0,55% para 1,62% entre dezembro e janeiro. Segundo a FGV, esse aumento se deve aos problemas de oferta típicos da estação, que levaram aos aumentos nos preços dos alimentos in natura.
Já o INCC permaneceu estável, passando de 0,26% para 0,23% no período analisado.
O IGP-M é conhecido popularmente como inflação do aluguel, uma vez que é frequentemente utilizado para reajustar anualmente os contratos de moradia. Além disso, o índice também serve como indexador de contratos de empresas de serviço, como energia elétrica, telefonia, educação e planos de saúde. A desaceleração apresentada em janeiro pode ter impacto direto no bolso dos consumidores e inquilinos, uma vez que influencia diretamente nos reajustes dos contratos de aluguel e em outros serviços.