Índice de Preços usado no reajuste de aluguel volta a desacelerar em janeiro, fechando em 0,07% – divulgado pela Fundação Getulio Vargas.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que é utilizado como base para o reajuste dos contratos de aluguel, apresentou uma desaceleração em janeiro, fechando o mês em 0,07%. Os dados foram divulgados pela Fundação Getulio Vargas nesta terça-feira (30). Esta é a primeira vez em seis meses que o índice mostra um recuo, saindo de uma sequência de aumentos que vinha desde julho de 2023. No acumulado de 12 meses, o IGP-M acumula uma deflação de 3,32%, ou seja, uma inflação negativa, em comparação com a taxa de -3,18% registrada em dezembro.

O IGP-M é composto por três classes de preços: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos custos no atacado; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que calcula a cesta de consumo das famílias; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

No setor atacadista, o IPA apresentou uma queda de 0,09% em janeiro, contribuindo para frear o IGP-M. Esse recuo foi impulsionado pela redução nos preços das matérias-primas brutas, como a soja em grão, o minério de ferro e o milho em grão, que tiveram suas taxas de aumento diminuídas entre dezembro e janeiro.

Enquanto isso, o IPC registrou uma variação de 0,59% em janeiro, em comparação com 0,14% no mês anterior. O grupo alimentação foi o que teve o maior impacto nesse aumento, com uma taxa de variação passando de 0,55% para 1,62% entre dezembro e janeiro. Segundo a FGV, esse aumento se deve aos problemas de oferta típicos da estação, que levaram aos aumentos nos preços dos alimentos in natura.

Já o INCC permaneceu estável, passando de 0,26% para 0,23% no período analisado.

O IGP-M é conhecido popularmente como inflação do aluguel, uma vez que é frequentemente utilizado para reajustar anualmente os contratos de moradia. Além disso, o índice também serve como indexador de contratos de empresas de serviço, como energia elétrica, telefonia, educação e planos de saúde. A desaceleração apresentada em janeiro pode ter impacto direto no bolso dos consumidores e inquilinos, uma vez que influencia diretamente nos reajustes dos contratos de aluguel e em outros serviços.

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