A greve convocada pelo sindicato dos serviços Verdi atingiu 11 aeroportos e gerou a suspensão de pelo menos 1.100 voos em todo o país. A situação mais crítica foi registrada no principal aeroporto da Alemanha, em Frankfurt, onde 310 das 1.120 partidas e chegadas programadas para o dia foram canceladas, segundo a operadora Fraport.
“A greve começou bem”, disse Wolfgang Pieper, líder das negociações salariais de Verdi, em entrevista à AFP na manhã de quinta-feira. Ele destacou a alta taxa de participação, que atingiu 100% no aeroporto de Colônia/Bonn.
O sindicato reivindica um aumento salarial de 2,80 euros por hora, além de bônus para os 25 mil funcionários do setor, demandas que inicialmente foram rejeitadas pela Associação Federal das Empresas de Segurança da Aviação. As negociações coletivas têm previsão para serem retomadas no dia 6 de fevereiro, em Berlim.
O contexto de inflação afeta os bolsos dos trabalhadores e impulsiona as demandas salariais por parte do sindicato. A greve dos funcionários da segurança dos aeroportos é um reflexo das tensões existentes entre trabalhadores e empregadores diante das negociações em curso.
A paralisação, que teve um impacto considerável nas operações aeroportuárias, gerou transtornos para os passageiros e prejuízos para as companhias aéreas. O número recorde de voos cancelados em um único dia de greve demonstra a força do movimento liderado pelo sindicato Verdi.
A greve dos trabalhadores da segurança nos aeroportos alemães atraiu a atenção para as condições de trabalho e a busca por melhorias salariais em meio a um cenário econômico desafiador. O desfecho das negociações salariais coletivas será acompanhado com expectativa, tanto pelos trabalhadores quanto pelo setor da aviação.
