De acordo com o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Fábio Baccheretti, as altas temperaturas recordes do ano passado, devido ao fenômeno El Niño, são vistas “como um fator novo” e “determinante” para explicar esse aumento de casos. Isso tem feito com que a dengue se espalhe para regiões do Brasil que nunca tinham tido casos da doença anteriormente.
Até o momento, a dengue já causou a morte de 29 pessoas no Brasil, desde o início do ano, e outras 173 mortes que podem ter sido causadas pela doença estão sendo avaliadas. Os serviços de saúde estão começando a ficar sobrecarregados, com exemplos como o hospital de campanha no Distrito Federal, que começará a receber pacientes com dengue a partir da próxima semana.
O estado mais afetado é Minas Gerais, o segundo mais populoso do Brasil, com mais de 88.587 casos prováveis registrados. Em vista dessa situação preocupante, o Ministério da Saúde está estudando a possibilidade de ampliar a oferta da vacina contra a dengue.
A campanha de vacinação contra a dengue vem em um momento crucial para conter a propagação da doença no Brasil. Com a explosão de casos e a sobrecarga nos serviços de saúde, é essencial que sejam adotadas medidas rigorosas para prevenir a disseminação da dengue. Como alertou Baccheretti, a situação é preocupante, com a dengue se espalhando para regiões que antes não tinham registro da doença.
A oferta ampliada da vacina contra a dengue pode ser uma esperança para conter a propagação da doença e reduzir o impacto nos sistemas de saúde do país. No entanto, é crucial que haja uma abordagem holística para lidar com a situação, incluindo a conscientização pública, o monitoramento e a prevenção de criadouros do mosquito transmissor. A campanha de vacinação será uma peça importante nesse quebra-cabeça, mas outras ações também serão necessárias para proteger a população contra a dengue.