Alexei Navalny: a luta de um opositor russo contra Putin termina com sua morte na prisão.

O mundo viu com consternação a morte do opositor russo Alexei Navalny, que faleceu nas instalações prisionais, pagando com a vida sua luta contra o presidente Vladimir Putin.

Após ter sido envenenado em 2020 e detido desde janeiro de 2021, Navalny foi alvo de mais uma condenação em agosto do mesmo ano, com uma pena de 19 anos de prisão por “extremismo”. O opositor cumpriu sua pena em uma das prisões mais rígidas da Rússia, e por fim, teve sua morte anunciada em uma remota colônia penitenciária no Ártico russo.

Navalny, que durante suas últimas aparições públicas mostrava os efeitos do envenenamento e das condições na prisão, não se intimidou em criticar Vladimir Putin e denunciar a repressão, corrupção e o ataque da Rússia à Ucrânia.

O ativista demonstrou sua resistência e determinação ao manifestar seu apoio aos companheiros de infortúnio e denunciar uma Justiça russa “fascista”. Enquanto isso, suas equipes no exílio continuaram divulgando investigações sobre o enriquecimento das elites políticas russas.

Navalny, que antes já havia organizado grandes manifestações da oposição em 2011 e 2012, ficou conhecido por seu ativismo nas redes sociais para denunciar a corrupção do governo russo. Foi notável também por seu enfrentamento direto com Putin e seu “partido de ladrões e vigaristas”.

Mesmo com a tentativa de homicídio por envenenamento em 2020 e posteriormente preso, Navalny recusou-se a partir para o exílio e continuou enfrentando o governo Putin. Seu caso sensibilizou o mundo e as potências ocidentais, mas sua popularidade entre os russos era limitada.

O opositor deixou uma mensagem de resistência ao afirmar que “não se calaria, e esperava que todos que o ouviam também não se calassem.”

A morte de Alexei Navalny é uma grande perda para a luta contra a repressão política, corrupção e o autoritarismo governamental na Rússia, e deixa um legado de coragem e determinação na defesa dos direitos humanos. Sua morte gera indignação e pedidos de justiça por parte de governos e organizações internacionais, que buscam a responsabilização pelas circunstâncias de seu falecimento.

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