A Unigel havia conseguido uma pausa na execução graças a uma decisão cautelar para mediação obtida na Justiça, conforme previsto na Lei de Recuperação Judicial e Extrajudicial. No entanto, de acordo com advogados, o prazo de 60 dias é considerado irrevogável perante a lei, o que poderia sinalizar um próximo passo em direção ao pedido de recuperação judicial.
O pedido de execução entregue na quinta-feira justificava a continuidade do processo devido à ausência de acordo por parte da Unigel, que deveria ter apresentado o pedido principal de recuperação judicial até o dia 12, mas não o fez. A empresa tem evitado a recuperação judicial há sete meses, negociando tanto com os detentores das debêntures, que correspondem a cerca de 11% da dívida total da companhia, quanto com os detentores dos títulos de dívida emitidos no exterior.
Apesar das dificuldades em anunciar uma solução financeira e um acordo com seus credores, a Unigel oficialmente informou que as negociações têm progredido de forma positiva. A empresa também salientou que apresentará defesa à ação de execução promovida pelos debenturistas no prazo determinado por lei.
A situação financeira da Unigel apresenta origem na redução dos preços das commodities químicas, resultando na paralisação de vários projetos de expansão pela empresa. No entanto, a Unigel tem procurado soluções, como a venda de ativos e a contratação de bancos para atrair investidores para algumas de suas plantas. A empresa necessita de investimentos adicionais significativos, o que inclui uma fábrica de ácido sulfúrico e outra de hidrogênio.
Além disso, a Unigel já anunciou um acordo de venda de sua unidade no México, a Plastiglas, para um grupo mexicano. No entanto, até o momento, o negócio não foi concluído. Ainda assim, a empresa negou estar disposta a aceitar ações prematuras e descabidas dos credores e busca negociar melhores condições.
