Ex-policial militar Ronnie Lessa é condenado por contrabando de peças de armas e terá que cumprir prisão em regime semiaberto.

Um ex-policial militar foi condenado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro por contrabando de peças e acessórios de armas de fogo. Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, terá que cumprir seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), Lessa fez importações ilegais de peças e acessórios bélicos entre 2017 e 2018. O material poderia ser utilizado para montar fuzis, armas de airsoft e de pressão a gás. No entanto, a Justiça confirmou apenas quatro dessas importações como passíveis de condenação, alegando falta de provas nos outros seis casos.

Na decisão, a juíza Fernanda Resende Djahjah Dominice destacou que Lessa, por ser ex-policial militar, deveria combater e evitar a prática de crimes, além de ter “completa ciência da necessidade de autorização prévia da autoridade competente” para o ingresso desse tipo de material em território nacional. Ela ressaltou que as consequências do delito são particularmente graves, destacando que “representa uma grave ameaça à segurança pública”.

Além do ex-policial, sua filha Mohana Figueireiro Lessa respondeu ao processo acusada de participar de três das dez importações. No entanto, a Justiça decidiu absolvê-la de todas as acusações, alegando falta de provas suficientes do seu conhecimento sobre o crime.

A condenação de Ronnie Lessa se soma à grave acusação de homicídio da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, um caso que chocou o país. Enquanto aguarda o julgamento pelo assassinato, ele será privado de sua liberdade devido à condenação por contrabando de peças e acessórios de armas de fogo.

A sentença, que ressalta a grave ameaça à segurança pública, reforça a importância de punir atos ilegais relacionados a armamentos, visando a proteção da sociedade como um todo. Os desdobramentos das ações de Lessa seguirão em discussão na esfera judicial, enquanto o ex-policial enfrenta suas consequências legais.

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