Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase atinge de 1% a 3% da população mundial, o que corresponde a cerca de 125 milhões de pessoas. No Brasil, o número é de 5 milhões. Embora não seja uma doença grave, a psoríase pode acarretar em problemas emocionais de autoestima e isolamento social.
A causa exata da psoríase é desconhecida, mas está relacionada com a genética e histórico familiar. Em termos fisiológicos, a doença está associada a um processo inflamatório em uma das camadas da pele, cujas células perdem a adesão e começam a se soltar e descamar. As placas descamativas de pele lesionada aparecem em locais como couro cabeludo, cotovelo, palmas dos pés e das mãos, e em casos mais raros, em axilas, virilha e genitais.
A psoríase não tem cura, mas há tratamento acessível, inclusive pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que permite o controle dos sintomas. O tratamento pode ser feito com a hidratação da pele usando cremes e medicamentos tópicos, exposição controlada ao sol, uso de comprimidos, injeções de medicamentos imunobiológicos, e também por meio da fototerapia, que expõe a pele à luz ultravioleta.
Além disso, a doença também demanda cuidados com a saúde mental do paciente. Pessoas diagnosticadas com psoríase sofrem com as transformações no corpo e com dificuldades para autoaceitação. Também enfrentam o preconceito de quem acredita que a enfermidade seja contagiosa. Por isso, é necessário incluir, no tratamento, cuidados com a saúde mental do paciente, por meio de acompanhamento psicológico adequado.
A psoríase, por ser fisicamente aparente e observável, também pode aumentar o risco de uma pessoa desenvolver doenças mentais, como depressão e ansiedade. Portanto, é essencial reconhecer a importância do suporte psicológico no tratamento da doença, para ajudar a melhorar a resposta do tratamento e a qualidade de vida do paciente.