Motoboy agredido com canivete por idoso é indiciado por lesão corporal e desobediência policial em Porto Alegre, gerando revolta online

Na última quinta-feira, os moradores de Porto Alegre foram surpreendidos com um episódio de violência envolvendo um motoboy e um aposentado no bairro Rio Branco. Everton Henrique Goandete da Silva, de 40 anos, foi agredido com um canivete no pescoço pelo idoso Sérgio Kupstaitis, de 71 anos, em um incidente que chocou a todos. O motoboy, que havia chamado a polícia após a tentativa de homicídio, acabou sendo indiciado por lesão corporal leve e desobediência policial pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

Segundo testemunhas e vídeos divulgados nas redes sociais, os policiais da Brigada Militar prenderam o motoboy enquanto o agressor conversava tranquilamente com eles, portando a faca usada no crime. As investigações apontaram que os dois envolvidos já tinham desavenças desde o ano anterior e que o episódio foi uma agressão mútua, resultando em indiciamentos para ambos. A Polícia Civil declarou que o caso está devidamente elucidado, mas a Justiça ainda precisa decidir sobre a denúncia.

A repercussão do caso foi tão intensa que autoridades se manifestaram a respeito. O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, destacou a presença do racismo institucionalizado no país e criticou a ação da Brigada Militar. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, determinou a abertura de uma sindicância para investigar o caso. No entanto, o resultado apontou que não houve indícios de crime cometido pelos policiais militares envolvidos na ocorrência.

A Corregedoria da BM concluiu que não houve agressões físicas por parte dos policiais e que a transgressão da disciplina militar foi não acompanhar Kupstaitis até sua casa para buscar documentos. Agora, os policiais serão notificados do resultado da sindicância e terão o prazo de 15 dias para apresentar defesas. Caso não haja indiciamento, eles poderão retornar imediatamente ao trabalho nas ruas. Apesar disso, o caso continua sendo acompanhado de perto pela população, que espera por justiça e esclarecimento.

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