A água das enchentes alcançou os telhados das casas, como foi o caso da moradia de Hidalgo, que se viu obrigada a improvisar com cunhas para proteger seus itens mais preciosos. No total, cerca de 3.600 pessoas foram afetadas pelas inundações na região, com a água alcançando telhados de aproximadamente 200 residências, segundo informações do governo de Pando.
Episódios como esse causam impacto até mesmo nas autoridades locais, como ressaltou a vice-governadora Ana Paula Valenzuela, que reconheceu terem sido afetados pelas enchentes. A situação se agrava com relatos de furtos à noite, como os relatados pela vítima Catalina Alvarado, que teve sua casa “em ruínas” após as inundações.
A cidade de Cobija, com seus 100 mil habitantes, foi declarada área de desastre devido às enchentes. As autoridades locais consideram diversas opções para reconstruir os bairros mais atingidos, incluindo a possível realocação para áreas mais seguras.
Enquanto isso, os moradores se veem imersos em uma difícil tarefa de recuperação, como a de Martha Bravo, que clama por água limpa e eletricidade. A umidade traz consigo o desafio da limpeza, gerando dúvidas sobre como lidar com as marcas deixadas pela água.
Nesse cenário desolador, a solidariedade e a esperança são as únicas âncoras de esperança para os moradores de Cobija, que tentam recomeçar em meio aos destroços deixados pela força da natureza. A reconstrução é árdua, mas a determinação e a união prevalecerão em meio à adversidade.