Google e outras Big Techs se adaptam às novas regras da União Europeia com mudanças significativas em seus serviços

O Google anunciou nesta terça-feira mudanças em seu funcionamento para se adequar às novas regras da Lei de Mercados Digitais (DMA, em inglês) da União Europeia (UE), que entrarão em vigor nesta sexta-feira. Essas alterações afetarão a forma como os resultados de pesquisa são exibidos, principalmente o Google Flights, e facilitarão o acesso dos usuários a outras opções de navegadores.

Essas mudanças são fruto de uma série de regulamentações que estão sendo implementadas na UE, não apenas para o Google, mas também para outras gigantes da tecnologia, como Amazon, Apple, ByteDance, Microsoft e Meta. Essas empresas terão até quarta-feira, dia 6, para começar a cumprir a nova legislação da UE, que se aplica somente aos países membros do bloco europeu.

A Lei de Mercados Digitais da UE é considerada um marco na regulação de plataformas de internet e tem como objetivo criar condições mais igualitárias de concorrência para empresas e consumidores europeus. Esse cerco regulatório afeta diretamente um mercado composto por milhões de usuários, e as mudanças têm impacto em diversos aspectos do funcionamento das empresas.

No caso do Google, as mudanças incluem alterações nos resultados de pesquisa, o fim do destaque para o Google Flights e a disponibilização de mais opções de navegadores e buscadores no sistema Android. Além disso, a empresa terá que solicitar consentimento adicional aos usuários para vincular serviços do Google e promete mais privacidade no compartilhamento de dados dos usuários com empresas.

Uma das novidades anunciadas é a API de portabilidade de dados, que permitirá aos usuários transferir seus dados utilizados nos produtos da empresa de forma mais simples. O Google também lançará programas de sistemas de faturamento alternativos para conclusão de compras e manterá a flexibilidade do Android para permitir aplicativos e lojas de aplicativos de terceiros, além da Play Store.

No geral, essas mudanças representam um desafio para as Big Techs atuarem na UE, já que as novas regulamentações visam a promover um ambiente mais equilibrado e competitivo no setor de tecnologia. Com as regras entrando em vigor em breve, as empresas terão que se adaptar rapidamente para cumprir todas as exigências da nova legislação.

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