Nesta quinta-feira (7), cerca de 15 grupos LGBTQIA+ pediram aos candidatos que assinem um pacto, comprometendo-se não apenas a reconhecer o casamento igualitário, mas também a promover leis contra a discriminação de membros da comunidade LGBTQIA+. Eles buscam que o futuro governo siga o parecer consultivo da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que determinou que casais homossexuais tenham os mesmos direitos que casais heterossexuais.
Samirah Almengor, da Coalizão Internacional de Mulheres e Famílias, ressaltou a importância desse compromisso, destacando que a condição de cônjuge é fundamental para resolver diversos problemas enfrentados por casais LGBTQIA+. No entanto, nenhum dos oito candidatos à presidência compareceu à apresentação do pacto, demonstrando, segundo Almengor, o desinteresse e a falta de relevância dada à população LGBTQIA+.
A Suprema Corte panamenha se recusou, em março de 2023, a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, alegando que não é um direito humano previsto na Constituição. Enquanto isso, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos tem pressionado o Panamá para que reconheça o casamento igualitário.
Em um país com forte influência das igrejas católica e evangélicas, que são contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, os desafios são grandes. Muitas instituições públicas ainda permitem a demissão por homossexualidade e impedem que gays e lésbicas doem sangue.
Entre os candidatos à presidência, destacam-se figuras como o ex-presidente Martín Torrijos e o governista José Gabriel Carrizo. A luta pela igualdade de direitos para a comunidade LGBTQIA+ no Panamá continua, e a pressão sobre os candidatos persiste, em busca de um avanço significativo nessa questão tão importante para a garantia dos direitos humanos e da igualdade.