O líder da direita radical, André Ventura, do partido Chega!, tem sido uma figura em destaque nessas eleições. Ele deve conquistar um número significativo de deputados, passando de 12 para mais de 30, de acordo com as projeções. A saída do veterano António Costa do cargo de primeiro-ministro em meio a um escândalo de corrupção também trouxe ainda mais incerteza ao cenário político em Portugal.
António Costa estava no governo desde 2015, em uma aliança inédita com a esquerda radical, apelidada de “geringonça”. Apesar de não ter sido acusado diretamente no escândalo de corrupção, ele preferiu renunciar ao cargo para preservar a integridade das funções de primeiro-ministro. Com isso, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa convocou novas eleições, que estão sendo realizadas neste domingo.
Além de André Ventura, outros nomes importantes nessas eleições são o ex-ministro da Infraestrutura, Pedro Nuno Santos, que assumiu a liderança do Partido Socialista após a saída de António Costa, e Luís Montenegro, que lidera a Aliança Democrática.
As pesquisas indicam que nenhum partido deve conquistar os 116 assentos necessários para formar um governo, o que torna as alianças pós-eleições um fator crucial. A incerteza quanto ao resultado final aumenta devido a uma parcela significativa do eleitorado ainda estar indecisa. O desfecho dessas eleições terá um grande impacto não apenas em Portugal, mas também na política europeia como um todo, refletindo mudanças e desafios enfrentados atualmente na região.
